A importância das vitaminas para gerar um embrião normal

by | Jul 21, 2023 | Uncategorized | 0 comments

Foi descrito no AM. J. Clinical Nutrition 70: 429-430 e 495-501, 1999, que ácido fólico normaliza metilação do DNA durante a divisão celular mesmo nos casos de mutação da enzima redutase do metilenotetrahidrofolato. Um trabalho científico posterior, realizado por nós, preconiza uma incidência maior de aberrações cromossômicas em filhos de mulheres com mutações dessa enzima, sendo que, a ingestão de ácido fólico é muito promissora para que diminua o aparecimento de fetos com aberrações cromossômicas (Pinto Jr., W e outros Prenatal Diagnosis, 2005).

Nesse ciclo do ácido fólico participa também a vit B12, razão pela qual, nos casais com preocupação da normalidade da futura prole, é recomendado também o uso do complexo B (EMS) que contém essa vitamina (tomar 1 comprimido a cada 3 dias – O homem e a mulher, 2,5 meses antes da concepção devendo a esposa ingerir até o 3° mês de gestação). Além disso, o uso do ácido fólico (Endofolin 5 mg – 1 comprimido via oral por dia) exerce um efeito protetor de malformações do sistema nervoso central e, recentemente a literatura tem referido um efeito benéfico do ácido fólico, também sobre a prevenção de malformações cardíacas e de lábio leporino. Essa série de evidências protetoras indica que o ácido fólico deve ser ingerido 2,5 meses antes da concepção e pelo menos até o terceiro mês de gestação. Outra descrição interessante é referente ao uso do ácido fólico durante toda a gestação que atuaria preventivamente para que a criança, nessa gestação tenha menor probabilidade de desenvolver prematuridade.

Nunca é demais ressaltar a necessidade de engravidar na vigência das vitaminas: C (Redoxon-cápsulas – 500 mg/dia) e Vitamina E (Ephynal – 1 comprimido/dia). O uso dessas vitaminas (C e E) é baseado no trabalho de Tarin (1998) em que foi provado em ratos a sua eficiência na proteção contra não disjunções cromossômicas. Como ambas não são teratogênicas é bastante plausível acreditar que, também nos humanos, elas tenham um efeito protetor, além de corrigir uma eventual fragmentação do DNA espermático.

Prof.Dr. Walter Pinto Júnior
CRM: 15.411